quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Reconstruindo Conceitos

Por que deste título?
Simples, depois da visita a 7ª Bienal, estou reavaliando e reconstruindo meus conceitos sobre arte. Creio que sou uma pessoa meio antiquada, até este momento, os trabalhos artísticos que mais apreciei tem uma estrutura bastante academica. Sempre apreciei pintores como Monet, Rembrandt, Matisse, Picasso, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti...
"Quais são os limites da moderna arte plástica ou da chamada arte visual contemporânea? Até onde sabemos definir o que seja realmente arte? Como diferenciar a arte legítima (se é que esse termo pode ser empregado) de um simples capricho mental de alguém que acordou hoje e se achou mais artista do que ontem?" Estes questionamentos que encontrei na Internet, quando procurava artigos e textos sobre arte e me deparei com este blog (http://cultura.updateordie.com/category/artes/), estão fazendo eco em mim desde que visitei a 7ª Bienal, pois estes questionamentos expressam de forma clara aquilo que tem passado pela minha mente. Alguns dos artistas que encontrei ligados a arte contemporânea são:
Helena Carvalho (
http://helenacarvalhoarte.blogspot.com/);

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Van Eyck e a tinta a óleo

A disciplina Arte e Processo nos solicitou uma atividade sobre Van Eyck e a tinta a óleo, tinhamos que descobrir qual era o segredo do artista em relação ao aperfeiçoamento desta tinta. Achei a atividade muito interessante, pois me possibilitou esclarecer algumas dívidas sobre esta técnica de pintura. As imagens que estou usando nesta postagem não são de Van Eyck, mas retiradas do site Flicks

Carmen Moreno

Rio Colorado - Ma Andrea Carreras

Cristo - Marta Hofmann
Para compreendermos a importância de Van Eyck para a
pintura a óleo, faz-se necessário que vejamos um pouco sobre a trajetória de desenvolvimento desta tinta. Na primeira versão a tinta a óleo usava o ovo como aglutinador de pigmentos e a água como diluente, nesta composição era adicionado ainda um pouco de óleo e verniz ou cera sob a forma de emulsão. Na segunda versão, deniminada técnica de transição, os artistas misturavam várias camadas de pigmento e óleo ou pigmento e resina sobre uma primeira camada de têmpera ovo, para ser utilizada sobre uma base de preparação feita de gesso e cola.
Van Eyck, por volta de 1440, descobriu uma mistura apropriada para os elementos das tintas a
óleo e o desenvolvimeto que fez das técnicas de destilação de óleos essenciais oriundos da alquimia, depois de ter uma de suas pinturas estragadas pela esposição ao sol para a secagem. O pintor utilizava grande quantidade de resina no aglutinante oleoso, para aumentar a consistência de suas tintas. Para resolver o problema de secagem de suas pinturas, Van Eyck pesquisou um verniz que secasse a sombra. O problema da fluidez de um aglutinante muito viscoso, foi resolvido atraves da adição de óleo essencial à mistura. Já o problema do verniz e de sua secagem foi resolvido com a adição de óleo essencial (provavelmente óleo de lavanda) ao óleo de linhaça e à resina que compunha o verniz.
Conclusão, Van Eyck utilizou
óleo essencial (de lavanda ou de terebintina) destilado como elemento volátil do verniz e tambem como diluente solúvel das tintas.
Quanto aos materiais que compõem a tinta a
óleo, podemos dizer que segundo o texto lido, uma tinta óleo é composta por óleos essenciais, pigmentos, gema e/ou clara de ovo, água, verniz e óleo de linhaça. Mas se olharmos a composição indicada nos tubos de tinta, veremos o seguinte: CORFIX - composição: óleo de linhaça refinado, pigmentos, carga inerte. ACRILEX - composição: óleos, pigmentos, cargas e aditivos.
Quanto as técnicas de
pintura utilizadas antes da utilização da tinta a óleo, eram técnicas de pintura sobre madeira, pois a têmpera sobre tela torna a camada pictórica quebradiça. E a sombra era pintada com a técnica da transparência.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

“Ninguém começa a ser educador numa certa Terça-feira às quatro horas da tarde. Ninguém nasce educador ou é marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma como educador permanente, na prática e na reflexão sobre a prática”. (Freire, 1986)
Andrea, adorei este pensamento de Paulo Freire, que você postou no ambiente do moodle, por isto tomei a liberdade de copiá-lo aqui no Blog. Até porque, concordo com Freire, o educador se constrói ao longo de sua caminhada.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Pintando o 7 (dois)


Arte e Processo:
creio que estamos fazendo
mais processo do que arte,
ou será que estou enganada.
Só o que sei é que novamente pintamos o 7, o 14, o 21... Aprendendo a produzir e pintar com "têmpera com ovo". E eu que pensava que ovo servia para fazer omelete, bolo... Mas foi divertido! Olha as malucas ai!

Discutindo as Leis e Formação

O Seminário Integrador 2, mas uma de nossas disciplinas, está propondo em um de seus foruns, a discussão sobre as leis que regulamentam o curso de Artes Visuais. O que se espera de um profissional formado pelo mesmo. Forum: "Reflexões sobre a Legislação que Normatiza os Cursos de Formação em Artes Visuais". Algumas reflexões:
"Devemos esperar que um bom curso de Licenciatura em Artes forme professores habilitados para a produção, a pesquisa, a crítica e o ensino da Arte como um todo. Esses profissionais devem desencadear em seus alunos a percepção, a reflexão e o potencial criativo de cada um." (Vilsone Garcia Quintana)
"[...]O professor de arte deve ainda estimular a reflexão não apenas sobre as produções de seus alunos, como ainda proporcionar a estes alunos oportunidades de conhecer as produções artísticas de sua cultura e da humanidade.[...]"(Carmen Cristine Trentine de Souza)
"[...] E o mais importante, a lei saiu do papel para a realidade.Que a Educação artistica um dia possa ser vista como um complemento para o ser humano se tornar melhor e não um preenchimento de carga horária." (Juraci Martins Nunes)
"As competências deste profissional perpassam o artista,professor,pesquisador e constroem um cidadão com uma visão diferente da arte em nossa sociedade que tem conhecimento e sensibilidade para construir um pensar em arte como necessidade e não como luxo. Não entendo a divisão de bacharelado e licenciatura, afinal, a integração seria bem vinda! Estas quebras no currículo do ensino superior acabam sempre refletindo em todos os níveis e o fracionamento do aprendizado, uma questão sempre a ser superada!" (Luciana Migliavasca)

Composição


Ainda na disciplina de Arte e
Processo, usando tinta acrílica,
realizamos uma composição.
A minha?
Cuia, bomba, térmica e erva.
Quer algo mais gaúcho!?

Discutindo a pesquisa escolar

Instrumentalização para Acesso à Informação é a disciplina que esta nos fazendo refletir e trocar ideias sobre a pesquisa escolar. Ela esta nos dando tambem subsidios para que possamos desenvolver nosso trabalho de uma melhor forma.
A disciplina iniciou de com uma proposta inusitada, fazendo-nos utilizar programas de computador aos quais não estavamos acostumados, para fazer o Retrato Falado de um colega. No início arrancamos os cabelo, depois nos sentimos gratificados com os resultados, ficaram lindos.
No forum de discussão referente a "Leitura como Prática na Formação do Profissional da Informação", colhi alguns depoimentos de colegas, muito interessantes, como por exemplo:
"A leitura é essencial para o desenvolvimento de todo ser humano,é a partir dela que começamos a enxergar o nosso mundo de forma mais crítica e assim podemos refletir sobre várias coisas e ter atitudes diante delas." (Catiúscia Cristina Silva da Silva)
"Na escola precisamos e devemos batalhar para despertar em nossos alunos o prazer pela leitura e sabemos que para que isto aconteça não existem "receitas prontas". Penso que enquanto professores podemos usar nossa sensibilidade valorizando momentos, situações, processos." ( Carmen Cristine Trentini de Souza)
Interassante os dados levantados pela colega Lisiane Silveira Berti, sobre o entendimento que os brasileiros tem sobre aquilo que leem, e tambem sobre a quantidade de livros lidos em alguns países, observem os dados com atenção, e vamos refletir sobre o por que disto.
"1) Dos brasileiros de 15 a 65 anos:
; 25% estabelecem relações entre textos longos.61% têm muito pouco ou nenhum contato com os livros; 47% possuem no máximo dez livros em casa; 30% localizam informações simples em uma frase; 37% localizam informação em texto curto
2) Quantos livros uma pessoa Lê por ano:
França 7, Estados Unidos 5, Itália 5, Inglaterra 4,9 e no Brasil 1, 8.
Fonte: Câmara Brasileira do Livro, Instituto da Biblioteca Nacional (pesquisa realizada em 2007)" (Lisiane Silveira Berti)

Pintando o 7


Neste semestre temos uma disciplina intitulada Arte e Processo. Resultado? Estamos pintando o 7, nos pintando e tudo o mais que cair em nossas mãos e pincéis. Nosso primeiro desafio foi criar um disco de cores, usando apenas as cores primárias e depois uma escala de cores.

sábado, 8 de agosto de 2009

Filmes e aprendizagem

"Nascidos em Bordéis", "Entre os Muros da Escola" e "O Sorriso de Monalisa" abordam assuntos relacionados a educação, cada um com um estilo e enfoque próprio.
Relacionar estes filmes com o ser professor no contexto atual não é algo difícil de se fazer, apesar de cada um deles se passar em um país diferente, com culturas próprias e até mesmo em épocas diversas, caso do "Sorriso de Monalisa", cuja história se desenvolve na década de 1954.
O filme "Nascidos em Bordéis", coloca a relação ensinar e aprender como um caminho de mão dupla, ou seja, ao mesmo tempo que se ensina tambem se aprende e vice-versa. No contexto apresentado pelo filme, aparece de forma contundente, a importância do diálogo para a construção do conhecimento.
"Entre os Muros da Escola" nos mostra a falência da instituição educacional tradicional. Neste filme podemos perceber a falta de diálogo entre professores e alunos para a construção do planejamento. Outro ponto interessante, que poderia passar desapercebido por um olhar desatento, esta no fato do professor subestimar o potencial dos alunos, isto ocorre porque ele realmente não conhece aquelas pessoas com quem desenvolve seu trabalho. Não estou dizendo que o professor faz isto de propósito, com más intenções, apenas que ele não consegue se comunicar de fato com seus alunos, pois não realiza a ação de ouvir o outro, sem colocar nesta escuta seus próprios preceitos. A avaliação aparece neste filme de forma distorcida, pois ela serve para punir e premiar atitudes tomadas pelos alunos, como se pudessemos utilizar a avaliação como barganha pelo comportamento considerado satisfatório. Penso que a avaliação não deve versar apenas sobre o aluno, mas sobre todo o processo de ensino-aprendizagem, incluindo a prática do professor e os estabelecimentos de ensino, em suas proposições e posicionamentos. Alem disso, é necessário que nós professores deixemos de mascarar os problemas sociais e culturais dos alunos, para que possamos trabalhar de fato com suas necessidades, contudo, como diz Edgar Morin, "esta reforma é paradigmática e, não, programática: é a questão fundamental da educação, já que se refere à nossa aptidão para organizar o conhecimento".
"O Sorriso de Monalisa", mostra-nos o quanto um professor pode ser importante na construção de vida de seus alunos, quando este profissional esta disposto a lutar por aquilo em que acredita, colocando-se muitas vezes contra as tradições da sociedade e a própria instituição onde trabalha. Neste filme a professora utiliza as obras de arte como material de reflexão com suas alunas, fazendo-as refletir sobre as tradições da sociedade em que vivem.

imagens de POA
















Porto Alegre é realmente uma bela cidade. Sua arquitetura cheia de detalhes nos encanta os olhos, em suas ruas a vida passa apressada, num ritmo contagiante.





quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ser professor no contexto atual

Assistir ao vídeo "Ser professor no contexto atual", com a Profª Maria Helena Wagner Rossi, foi bastante esclarecedor, pois a professora conseguiu numa esplanação rápida, falar um pouco sobre cada um dos pensadores da educação, John Dewey, Jean Piaget, Lev Vigotsky, Paulo Freire, Edgar Morin, Phillippe Perrenoud, Antônio Novoa, Lu Shulman e Tania Marques, e, ao mesmo tempo, fazer uma ligação entre as ideias de cada um deles. Destaquei como as cinco ideias fundamentais para contribuir na formação do 'ser professor', as que explico brevemente, logo abaixo:
Construção do Conhecimento: o aprendizado é construido pelo aluno, ou seja, o conhecimento se torna possível graças a ação do próprio sujeito. Segundo Paulo Freire "o conhecimento não se transfere se constroi".
Ensino fragmentado x Ensino contextualizado: o ensino fragmentado dificulta o aprendizado do educando. Já o ensino contextualizado é mais fácil para o aluno, pois o conjunto beneficia o ensino, a medida que, ele sai da disciplina e consegue fazer uma interação com a vida.
Profissionalização dos professores: cada vez mais é necessário que os professores batalhem por sua formação e por sua profissão. Devemos refletir sobre a qualificação do ensino, e sobre a heterogenidade dos jovens com os quais trabalhamos.
Professor reflexivo: é o professor que pensa sobre o seu fazer pedagógico, sobre sua prática. Aqui podemos dizer que reflexão e a pesquisa funcionam como se fossem a mesma coisa.
Conhecimento pedagógico do conhecimento: é um novo tipo de conhecimento que o professor deve desenvolver. É aquilo que todo educador deve saber sobre os conteúdos que deseja ensinar, para tornar a aprendizagem mais fácil e mais significativa para o educando.
Quando pensamos sobre a educação atual e o ser professor dentro deste contexto, podemos divisar muitas problemáticas, por exemplo, o afastamento da escola da sociedade que a cerca, parece que atraz de seus muros vive-se em outro mundo, um mundo fragmentado e solto, dividido em disciplinas e conteúdos que não conseguem interagir, pois estão relacionados a um currículo engessado, ou seja, um currículo fragmentado, quando sabemos que a aprendizagem se dá de forma mais tranquila e fácil quando é contextualizada, Edgar Morin em seu livro "Terra-Pátria", nos diz que: "há uma profunda cegueira sobre a natureza mesma do que deve ser um conhecimento pertinente. Segundo o dogma reinante, a pertinência cresce com a especialização e com a abstração. Ora, um mínimo de conhecimento do que é o conhecimento nos ensina que o mais importante é a contextualização". (Morin, p.151) Outro problema que nós professores enfrentamos é a heterogenidade dos jovens com os quais trabalhamos, quer dizer, problema se o professor tiver dificuldade de conversar com os jovens, pois se este souber ouvi-lo, os jovens terão prazer em conversar com ele e lhe colocar aquilo de que necessitam. Mas a solução de grande parte destas dificuldades podem ser solucionadas por nós mesmo, atraves da formação continuada dos professores, da reflexão/pesquisa sobre nosso fazer pedagógico, que pode e deve acontecer dentro da própria escola, entre seus pares. Gostaria de encerrar este meu comentário com as palavras da Profª Drª Tânia Marques, citados no vídeo pela Profª Maria Helena, palavras estas que me tocaram profundamente: "É a pesquisa que ajuda o professor a aprender e a ajudar o seu aluno a aprender. É ela que ajuda o professor a construir um adulto capaz de conquistar a beleza e a verdade do seu tempo". No momento não estou trabalhando com artes na escola. Por alguns anos trabalhei com teatro na escola, faziamos tudo, escreviamos as peças, o figurino, o cenário, a interpretação e as apresentações, dentro e fora da escola, os alunos adoravam todo o processo, eles participavam de cada parte, da elaboração a execussão. Trabalhei durante algum tempo com as séries iniciais com artes, e me espantava como as crianças já demonstravam dependência sobre o tipo de desenho ou pintura que deveriam realizar. Era bastante difícil mas procurei fazer um trabalho onde as crianças pudessem se expressar livremente, sem fazer uso de esterótipos.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Tempo - Dulce

O tempo é...
O tempo está...
O tempo transforma...
O tempo muda daqui
pra lá, de lá pra cá...
O tempo continua,
não se transforma.
O tempo é...
Quem se transforma
é o homem, o mundo,
a história...
O tempo sempre é...

Linguagem Visual-aprendisagem e desenho




Encerramos a disciplina de Fundamentos da Linguagem Visual com chave de ouro, num encontro presencial, com as professoras Betina e Claudia. Aprendemos muito durante o curso: ao observar obras de arte, procurando ler os elementos que as compõe; e a realizar atividades de desenho, utilizando as técnicas pesquisadas.


Entre nossas aprendizagens está a utilização da luz no desenho ou pintura, o que significa dizer que, a luz são as diferentes graduações tonais da passagem do branco ao preto, ou seja, o branco significa a presença total de luz, enquanto o preto é a ausência total da luz. Então podemos dizer que a luz é o recurso gráfico que auxilia no ritmo do desenho e pode representar a profundidade ou o movimento visual. Estes desenhos são algumas das minhas experiências.




sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ana Aly - Rotina/Retina

Ana Aly - 1998
Rotina/Retina

Reflexão sobre o uso de portiflólio

Os portifólios sugeridos para que visitassemos, tinham os mais váriados formatos, cada um cumprindo o seu objetivo específico, passo agora a comentar alguns deles.
No blog da artísta plástica Ana Aly estão presentes seus poemas visuais, que são maravilhosos, a artísta parece "brincar" com as palavras, as cores e as formas, podemos encontrar ali alguns de seus trabalhos e relatos pessoais. O blog Blublu pareceu-me totalmente interativo, pois é possível ver as obras da forma que se desejar, é quase como fazer um "tour sem guia". O blog infinitcolour as músicas, as cores e as imagens nos levam por uma viagem fascinante através de conceitos artísticos e filosóficos, é realmente envolvente, no entanto, pode-se perceber que diferentemente dos dois acima, este blog tem uma característica comercial, pois faz uma clara oferta de seus serviços na criação de novas marcas. Já o blog educacional, que consegui acessar, o webfoliando1, é o exemplo de um portifólio de investigação educacional, sério, que coloca o resultado de pesquisas sobre unidade currícular. Ao visitar todos esses blogs podemos verificar que "o portifólio é um documento personalizado que representa os objetivos e trabalhos específicos de seu autor". (SELDIN, 1991)
Refletindo sobre os blogs visitados, os textos sugeridos e o power point, conclui que a avaliação realizada através de portifólio, presta-se a mostrar o processo de construção do aluno-pesquisador, a medida que, ele re-significa os conhecimentos já existentes com aqueles que está adquirindo ao longo do curso, isto porque, "um verdadeiro portifólio não é copiado e cada aluno escolhe o que vai ser colocado, como vai ser apresentado". (anotações de Miriam Salles sobre a palestra de Fernando Hernandez)
Acredito que o blog-portifólio, tem ainda mais uma vantagem, caso fosse utilizado nas escolas, nossos alunos, ou a maioria deles, tem verdadeiro fascínio pelo computador, assim, nada mais natural que nós professores comecemos a utilizar esta ferramenta, para estimular nossos educandos e interessá-los pela pesquisa e também, pela divulgação de seus resultados, abrindo com isso, a possibilidade para que outras pessoas possam tecer comentários sobre o trabalho e até mesmo enriquece-lo. Podemos dizer ainda que, "o portifólio, dentro de uma aprendizagem contextualizada, favorece o pensamento complexo, que mostra o aprendido e passa por toda a expressão visual e cognitiva". (anotações de Miriam Salles sobre a mesma palestra)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Questionamentos

As leituras que fiz, as obras que admirei, me levaram a uma serie de questionamento que gostaria de compartilhar com todos. As transformações ocorridas nas artes durante séculos parecem acompanhar as transformações ocorridas na sociedade como um todo, a medida que, as ciências se firmam como possibilidade de explicação de muitas das perguntas dos homens, ela também vai modificando a maneira como este homem olha para aquilo que esta a sua volta. Portanto, não teria esta mudança na mentalidade afetado diretamente as artes? Não estariam os artistas buscado novas maneiras de expressar o mundo, num caminho diametralmente diferente do caminho científico? Buscando com isto, afastar-se das certezas da ciência? Representando o mundo de uma forma mais subjetiva e poética, ou até mesmo chocante?
Ao verificar que o blog era o local onde eu deveria colocar meu aprendizado e também minhas dúvidas, me senti empelida a comentar neste espaço o processo pelo qual estou passando. Na tarefa da quarta semana, da disciplina de "fundamentos da linguagem", ao ler o que estava proposto, senti necessidade de realizar uma pesquisa sobre arte abstrata não figurativa, apesar de já ter realizado uma pesquisa na semana anterior sobre Paul Klee, Tarcila do Amaral e Alfredo Volpi, não estava muito claro para mim o que eram formas não figurativas. O artigo que li, fazia um estudo sobre a "Composição nº 6" (1913), de Kandinsky e a "Composição 10 em preto e branco. Cais e oceano" (1915), de Mondrian. Nesta analise Luiz Costa Lima nos diz que a "obra" abstrata tem a intenção e possibilidade de aguçar todos os sentidos do espectador através das cores, linhas e formas, ou seja, "A arte não-figurativa liberta o inconsciente tanto do artista quanto do espectador para a leitura da obra".

A arte e a escola


Ao folhar novamente esta semana os Parâmetros Curriculares Nacionais, PCNs, do Ensino Fundamental, procurei o caderno referente a Artes e pude constatar que ali estão muitas das diretriges que devem reger o trabalho dos professores-pesquisadores.

Logo ao abrir o livros podemos constatar que os dez objetivos do ensino fundamental estão ali postos de forma clara e objetiva, sendo o primeiro destes objetivos um dos mais completos, pois diz que os alunos devem ser capazes de: "compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito." Por que digo que este é um dos objetivos mais completos? Porque ele abrange grande parte de tudo que se deseja alcançar ao longo da construção educativa de nossos alunos.
Assim sendo, podemos dizer que ensinar esta disciplina significa relacionar a escola com as informações sobre a produção histórica e social da arte, e garantir aos educandos a liberdade de imaginar e realizar suas propostas artísticas de uma forma lúdica e prazeirosa. Por outro lado, aprender arte significa desenvolver-se através de interações significativas, que no fazer arte encontra a concretude que pode garantir ao aluno situações de aprendizagem conectadas com valores socioculturais, então podemos dizer que, "aprender com sentido e prazer está associado à compreensão mais clara daquilo que é ensinado".

Eles são fofos demais...


Meus animais favoritos

Eles não são umas gracinhas?
Só pra descontrair um pouco.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Leis

Quando nos pediram para criar um blog contendo aquilo que estavamos estudando, pensei muito sobre a relevância de colocar minhas considerações sobre as leis que norteiam a profissão de educadora. Por que? As leis são um assunto bastante pesado e muitos de nós evitam-no, mas afirmo que não podemos exercer nossa profissão sem elas. Por este motivo resolvi finalmente, colocar neste blog as publicações essenciais ao exercício do professor-pesquisador da 5ª e 6ª série do Ensino Fundamental, que constitui a Educação Básica participante do Sistema Brasileiro de Educação. E para a Educação de Jovens e Adultos - EJA, que destina-se, segundo o Artigo 37 da LDB, "àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria".
Considero de suma importância que todos os professores conheçam a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional - LDB e também o Plano Nacional de Educação - PNE, e não apenas os que atuam na mesma área que eu, pois através do conhecimento nos apropriamos de seus conceitos e com isso tornamos nossa participação no desenvolvimento de educação mais efetiva.
A LDB no Artigo 22, diz de forma clara e direta que, "A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhes a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores".
Tenho me perguntado muito e discutido com colegas, como nós professores temos cumprido nosso papel de educadores? Qual tem sido nossa postura frente a dificil tarefa de ensinar? Como podemos formar cidadãos capazes de progredir em seus estudos posteriores, em suas rotinas de trabalho fora da escola? Como formar um cidadão conciente de seu papel na sociedade? Todas estas questões são tema de discussões entre os profissionais que atuam junto as escolas nas quais trabalho.
O PNE em sua introdução faz um histórico sobre a educação brasileira desde a instituição da República no Brasil, passando pela Lei nº 9.394, que estabelece as "Diretrizes e Bases da Educação Nacional", que "determina nos artigos 9º e 87, que cabe a União, a elaboração do Plano, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e institui a Década da Educação". O projeto de lei que "Institui o Plano Nacional de Educação" foi enviado ao Congresso Nacional em 11 de fevereiro de 1998, e aprovado como Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Portanto, a década da educação completará seus 10 anos em 2011, então, temos algum tempo e muito o que fazer para rever nossos conceitos e reformular nossa maneira de ensinar, para chegar perto da excelência da educação proposta pelo plano. E quando digo, temos muito que fazer, estou me referindo a toda comunidade escolar: educadores, pais e alunos; como também todas as secretarias, delegacias e ministério ligado a educação. Podemos estender este compromisso para toda a sociedade, pois a escola da qual estamos falando faz parte da sociedade que está posta.
Quero relatar aqui minha primeira experência com a elaboração do primeiro plano político pedagógico, na escola onde trabalhava, foi bizarro. Lembro a primeira vez que ouvi falar do PNE (Plano Nacional de Educação) e PPP (Plano Político Pedagógico), estavamos em uma reunião quando a direção nos informou que tinhamos que discutir a formulação do PPP. O interessante é que os gestores falavam sempre referindo-se ao trabalho que deveriamos realizar através das siglas, como se elas fizessem parte do nosso cotidiano, ou mesmo do cotidiano deles. Os professores ouviram as explicações e, ao fim perguntaram o que significavam as siglas PNE e PPP. Os gestores então se deram conta que os professores também precisariam de um tempo para se apropriar da nova lei e dos novos conceitos que estavam sendo expostos para podermos desenvolver o trabalho necessário.
O resultado efetivo desta não apropriação dos conceitos por parte dos professores, foi que o PPP daquele ano foi construido basicamente pelos gestores da escola, pois estes também tinham um prazo para a entrega do trabalho. No ano seguinte, o PPP teve de ser refeito, pois o trabalho apresentado não tinha a "cara" da escola nem de sua comunidade, ele ficou muito restrito a teoria, sem vinculo com a realidade.

Divagações - Dulce

Eu sou...

Eu sou o passado e o presente.
Eu sou o futuro em construção.
Sou tudo e nada.
Tudo o que vivi.
Nada daquilo que está por vir.
Eu sou o direito e o avesso,
Eu sou o certo e o errado,
Eu sou a contradição, em carne viva.
Eu sou o bom e o mau,
Eu sou o céu e o inferno,
Eu sou a representação,
do infinito no pensamento.
E sou o amor e o ódio,
Numa batalha constante,
Pelo domínio da minha alma.