quinta-feira, 25 de junho de 2009

Questionamentos

As leituras que fiz, as obras que admirei, me levaram a uma serie de questionamento que gostaria de compartilhar com todos. As transformações ocorridas nas artes durante séculos parecem acompanhar as transformações ocorridas na sociedade como um todo, a medida que, as ciências se firmam como possibilidade de explicação de muitas das perguntas dos homens, ela também vai modificando a maneira como este homem olha para aquilo que esta a sua volta. Portanto, não teria esta mudança na mentalidade afetado diretamente as artes? Não estariam os artistas buscado novas maneiras de expressar o mundo, num caminho diametralmente diferente do caminho científico? Buscando com isto, afastar-se das certezas da ciência? Representando o mundo de uma forma mais subjetiva e poética, ou até mesmo chocante?
Ao verificar que o blog era o local onde eu deveria colocar meu aprendizado e também minhas dúvidas, me senti empelida a comentar neste espaço o processo pelo qual estou passando. Na tarefa da quarta semana, da disciplina de "fundamentos da linguagem", ao ler o que estava proposto, senti necessidade de realizar uma pesquisa sobre arte abstrata não figurativa, apesar de já ter realizado uma pesquisa na semana anterior sobre Paul Klee, Tarcila do Amaral e Alfredo Volpi, não estava muito claro para mim o que eram formas não figurativas. O artigo que li, fazia um estudo sobre a "Composição nº 6" (1913), de Kandinsky e a "Composição 10 em preto e branco. Cais e oceano" (1915), de Mondrian. Nesta analise Luiz Costa Lima nos diz que a "obra" abstrata tem a intenção e possibilidade de aguçar todos os sentidos do espectador através das cores, linhas e formas, ou seja, "A arte não-figurativa liberta o inconsciente tanto do artista quanto do espectador para a leitura da obra".

A arte e a escola


Ao folhar novamente esta semana os Parâmetros Curriculares Nacionais, PCNs, do Ensino Fundamental, procurei o caderno referente a Artes e pude constatar que ali estão muitas das diretriges que devem reger o trabalho dos professores-pesquisadores.

Logo ao abrir o livros podemos constatar que os dez objetivos do ensino fundamental estão ali postos de forma clara e objetiva, sendo o primeiro destes objetivos um dos mais completos, pois diz que os alunos devem ser capazes de: "compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito." Por que digo que este é um dos objetivos mais completos? Porque ele abrange grande parte de tudo que se deseja alcançar ao longo da construção educativa de nossos alunos.
Assim sendo, podemos dizer que ensinar esta disciplina significa relacionar a escola com as informações sobre a produção histórica e social da arte, e garantir aos educandos a liberdade de imaginar e realizar suas propostas artísticas de uma forma lúdica e prazeirosa. Por outro lado, aprender arte significa desenvolver-se através de interações significativas, que no fazer arte encontra a concretude que pode garantir ao aluno situações de aprendizagem conectadas com valores socioculturais, então podemos dizer que, "aprender com sentido e prazer está associado à compreensão mais clara daquilo que é ensinado".

Eles são fofos demais...


Meus animais favoritos

Eles não são umas gracinhas?
Só pra descontrair um pouco.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Leis

Quando nos pediram para criar um blog contendo aquilo que estavamos estudando, pensei muito sobre a relevância de colocar minhas considerações sobre as leis que norteiam a profissão de educadora. Por que? As leis são um assunto bastante pesado e muitos de nós evitam-no, mas afirmo que não podemos exercer nossa profissão sem elas. Por este motivo resolvi finalmente, colocar neste blog as publicações essenciais ao exercício do professor-pesquisador da 5ª e 6ª série do Ensino Fundamental, que constitui a Educação Básica participante do Sistema Brasileiro de Educação. E para a Educação de Jovens e Adultos - EJA, que destina-se, segundo o Artigo 37 da LDB, "àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria".
Considero de suma importância que todos os professores conheçam a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional - LDB e também o Plano Nacional de Educação - PNE, e não apenas os que atuam na mesma área que eu, pois através do conhecimento nos apropriamos de seus conceitos e com isso tornamos nossa participação no desenvolvimento de educação mais efetiva.
A LDB no Artigo 22, diz de forma clara e direta que, "A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhes a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores".
Tenho me perguntado muito e discutido com colegas, como nós professores temos cumprido nosso papel de educadores? Qual tem sido nossa postura frente a dificil tarefa de ensinar? Como podemos formar cidadãos capazes de progredir em seus estudos posteriores, em suas rotinas de trabalho fora da escola? Como formar um cidadão conciente de seu papel na sociedade? Todas estas questões são tema de discussões entre os profissionais que atuam junto as escolas nas quais trabalho.
O PNE em sua introdução faz um histórico sobre a educação brasileira desde a instituição da República no Brasil, passando pela Lei nº 9.394, que estabelece as "Diretrizes e Bases da Educação Nacional", que "determina nos artigos 9º e 87, que cabe a União, a elaboração do Plano, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e institui a Década da Educação". O projeto de lei que "Institui o Plano Nacional de Educação" foi enviado ao Congresso Nacional em 11 de fevereiro de 1998, e aprovado como Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Portanto, a década da educação completará seus 10 anos em 2011, então, temos algum tempo e muito o que fazer para rever nossos conceitos e reformular nossa maneira de ensinar, para chegar perto da excelência da educação proposta pelo plano. E quando digo, temos muito que fazer, estou me referindo a toda comunidade escolar: educadores, pais e alunos; como também todas as secretarias, delegacias e ministério ligado a educação. Podemos estender este compromisso para toda a sociedade, pois a escola da qual estamos falando faz parte da sociedade que está posta.
Quero relatar aqui minha primeira experência com a elaboração do primeiro plano político pedagógico, na escola onde trabalhava, foi bizarro. Lembro a primeira vez que ouvi falar do PNE (Plano Nacional de Educação) e PPP (Plano Político Pedagógico), estavamos em uma reunião quando a direção nos informou que tinhamos que discutir a formulação do PPP. O interessante é que os gestores falavam sempre referindo-se ao trabalho que deveriamos realizar através das siglas, como se elas fizessem parte do nosso cotidiano, ou mesmo do cotidiano deles. Os professores ouviram as explicações e, ao fim perguntaram o que significavam as siglas PNE e PPP. Os gestores então se deram conta que os professores também precisariam de um tempo para se apropriar da nova lei e dos novos conceitos que estavam sendo expostos para podermos desenvolver o trabalho necessário.
O resultado efetivo desta não apropriação dos conceitos por parte dos professores, foi que o PPP daquele ano foi construido basicamente pelos gestores da escola, pois estes também tinham um prazo para a entrega do trabalho. No ano seguinte, o PPP teve de ser refeito, pois o trabalho apresentado não tinha a "cara" da escola nem de sua comunidade, ele ficou muito restrito a teoria, sem vinculo com a realidade.

Divagações - Dulce

Eu sou...

Eu sou o passado e o presente.
Eu sou o futuro em construção.
Sou tudo e nada.
Tudo o que vivi.
Nada daquilo que está por vir.
Eu sou o direito e o avesso,
Eu sou o certo e o errado,
Eu sou a contradição, em carne viva.
Eu sou o bom e o mau,
Eu sou o céu e o inferno,
Eu sou a representação,
do infinito no pensamento.
E sou o amor e o ódio,
Numa batalha constante,
Pelo domínio da minha alma.