quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ser professor no contexto atual

Assistir ao vídeo "Ser professor no contexto atual", com a Profª Maria Helena Wagner Rossi, foi bastante esclarecedor, pois a professora conseguiu numa esplanação rápida, falar um pouco sobre cada um dos pensadores da educação, John Dewey, Jean Piaget, Lev Vigotsky, Paulo Freire, Edgar Morin, Phillippe Perrenoud, Antônio Novoa, Lu Shulman e Tania Marques, e, ao mesmo tempo, fazer uma ligação entre as ideias de cada um deles. Destaquei como as cinco ideias fundamentais para contribuir na formação do 'ser professor', as que explico brevemente, logo abaixo:
Construção do Conhecimento: o aprendizado é construido pelo aluno, ou seja, o conhecimento se torna possível graças a ação do próprio sujeito. Segundo Paulo Freire "o conhecimento não se transfere se constroi".
Ensino fragmentado x Ensino contextualizado: o ensino fragmentado dificulta o aprendizado do educando. Já o ensino contextualizado é mais fácil para o aluno, pois o conjunto beneficia o ensino, a medida que, ele sai da disciplina e consegue fazer uma interação com a vida.
Profissionalização dos professores: cada vez mais é necessário que os professores batalhem por sua formação e por sua profissão. Devemos refletir sobre a qualificação do ensino, e sobre a heterogenidade dos jovens com os quais trabalhamos.
Professor reflexivo: é o professor que pensa sobre o seu fazer pedagógico, sobre sua prática. Aqui podemos dizer que reflexão e a pesquisa funcionam como se fossem a mesma coisa.
Conhecimento pedagógico do conhecimento: é um novo tipo de conhecimento que o professor deve desenvolver. É aquilo que todo educador deve saber sobre os conteúdos que deseja ensinar, para tornar a aprendizagem mais fácil e mais significativa para o educando.
Quando pensamos sobre a educação atual e o ser professor dentro deste contexto, podemos divisar muitas problemáticas, por exemplo, o afastamento da escola da sociedade que a cerca, parece que atraz de seus muros vive-se em outro mundo, um mundo fragmentado e solto, dividido em disciplinas e conteúdos que não conseguem interagir, pois estão relacionados a um currículo engessado, ou seja, um currículo fragmentado, quando sabemos que a aprendizagem se dá de forma mais tranquila e fácil quando é contextualizada, Edgar Morin em seu livro "Terra-Pátria", nos diz que: "há uma profunda cegueira sobre a natureza mesma do que deve ser um conhecimento pertinente. Segundo o dogma reinante, a pertinência cresce com a especialização e com a abstração. Ora, um mínimo de conhecimento do que é o conhecimento nos ensina que o mais importante é a contextualização". (Morin, p.151) Outro problema que nós professores enfrentamos é a heterogenidade dos jovens com os quais trabalhamos, quer dizer, problema se o professor tiver dificuldade de conversar com os jovens, pois se este souber ouvi-lo, os jovens terão prazer em conversar com ele e lhe colocar aquilo de que necessitam. Mas a solução de grande parte destas dificuldades podem ser solucionadas por nós mesmo, atraves da formação continuada dos professores, da reflexão/pesquisa sobre nosso fazer pedagógico, que pode e deve acontecer dentro da própria escola, entre seus pares. Gostaria de encerrar este meu comentário com as palavras da Profª Drª Tânia Marques, citados no vídeo pela Profª Maria Helena, palavras estas que me tocaram profundamente: "É a pesquisa que ajuda o professor a aprender e a ajudar o seu aluno a aprender. É ela que ajuda o professor a construir um adulto capaz de conquistar a beleza e a verdade do seu tempo". No momento não estou trabalhando com artes na escola. Por alguns anos trabalhei com teatro na escola, faziamos tudo, escreviamos as peças, o figurino, o cenário, a interpretação e as apresentações, dentro e fora da escola, os alunos adoravam todo o processo, eles participavam de cada parte, da elaboração a execussão. Trabalhei durante algum tempo com as séries iniciais com artes, e me espantava como as crianças já demonstravam dependência sobre o tipo de desenho ou pintura que deveriam realizar. Era bastante difícil mas procurei fazer um trabalho onde as crianças pudessem se expressar livremente, sem fazer uso de esterótipos.

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